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Título: Análise EMG de exercícios para peitoral em plataformas instáveis/estáveis
Autores: Ribeiro, Luís F C
Palavras Chave: Push up
superfícies instáveis
superfície estável
EMG
comportamento neuromuscular
Data: 23-Nov-2015
Editora: Instituto Politécnico da Guarda
Relatório da Série N.º: 796.RIB
Resumo: O push-up (PU) é um exercício extremamente utilizado nos programas de treino para desenvolver a força e a resistência da musculatura superior do corpo. Por se tratar de um exercício limitado ao peso corporal, têm-se desenvolvido muitas variantes com o propósito de promover o aumento da atividade dos músculos intervenientes, incluindo variantes com recurso a superfícies instáveis. Este estudo teve como principal objetivo analisar as alterações do padrão da ativação muscular (EMG) induzidas pela realização do exercício de PU em superfície estável (no solo) e PU em superfície instável (na BOSU®). Pretendeu-se ainda analisar as alterações do padrão de ativação muscular em ambos exercícios levados até à exaustão. A amostra do estudo foi constituída por 11 sujeitos voluntários (idade: 21.9 ± 4.2; peso: 73.6 ± 5.9; estatura: 175 ± 5.0cm), praticantes da modalidade de atletismo, familiarizados com o exercício de push-up. Numa primeira situação - condição pré-exaustão - os sujeitos realizaram 5 repetições de cada um dos exercícios de push-up (estável vs. instável). Em seguida, repetiram cada um dos exercícios até à exaustão (condição exaustão). Em simultâneo, foram recolhidos dados cinemáticos (sistema análise do movimento 3D da Qualisys Suécia) e sinais de EMG de músculos agonistas (porções clavicular, esternal e condral do grande peitoral, deltoide anterior, tricípite braquial), de músculos antagonistas (grande dorsal, bicípite braquial) e músculos estabilizadores (grande dentado, trapézio superior, oblíquo externo e eretor da espinha). Os resultados demonstraram que, dos músculos agonistas apenas a magnitude da ativação do tricípite braquial foi distinta entre exercícios (p < 0.001). No PU instável, o tricípite braquial apresentou maiores níveis de ativação do que no PU estável (70.13 ± 29.03% e 58.62 ± 25.31%, respetivamente). Relativamente ao comportamento dos músculos antagonistas, o exercício PU instável induziu uma maior atividade do bicípite braquial e do grande dorsal quando comparado com o exercício PU estável (p < 0.05, para ambos músculos). No que concerne aos músculos estabilizadores, observou-se que a ativação do trapézio superior durante o PU instável foi, em média, 37.79% superior ao observado no exercício PU estável (p < 0.01). Pelo contrário o grande dentado apresentou uma ativação média significativamente superior no exercício PU instável, comparativamente ao estável (+14.71%; p=0.01). Para o oblíquo externo não se verificaram diferenças na atividade muscular entre exercícios (p = 0.23), ao longo das várias fases cinemáticas (p = 0.80). Contudo o eretor da espinha foi significativamente superior no exercício PU instável (p=0.01), comparativamente ao PU estável. Não condição exaustão, apesar da ativação muscular aumentar significativamente para todos os músculos, não foram observadas diferenças significativas no padrão de ativação induzido pelos dois tipos de exercícios. Os resultados permitem concluir que a utilização da BOSU® (superfície instável) altera o padrão de ativação de músculos antagonistas, músculos estabilizadores do ombro, bem como de músculos agonistas, em particular do tricípite braquial.
URI: http://hdl.handle.net/10314/2179
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