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Título: Enfermeiros de Cuidados de Saúde Primários e Interrupção Voluntária da Gravidez
Autores: Pereira, Sara I S N
Palavras Chave: Interrupção Voluntária da Gravidez
Data: 19-Feb-2016
Editora: Instituto Politécnico da Guarda
Relatório da Série N.º: 616.083 PER
Resumo: Durante séculos e na maior parte dos países, a prática da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), foi efetuada clandestinamente. Hoje, é um procedimento legal efetuado em vários países, tendo sido pela primeira vez legalizado em 1920 na antiga União Soviética e depois no Japão, sendo a Suécia o primeiro país europeu a legalizar o aborto sob algumas condições em 1938. Em Portugal a IVG é efetuada desde 2007, após publicação da lei n.º 16/2007 de 17 de Abril. Segundo a OMS (1995), o aborto inseguro é considerado um sério problema de saúde pública e cada país deve adotar medidas que minimizem as consequências deste ato. Em Portugal esta lei veio permitir dar assistência médica a este grupo de mulheres. O aborto provocado tem sido apontado por alguns autores Portugueses como consequência de motivos de ordem pessoal, económicos e familiares e de suporte social (Fernandes, 2014). Pretende-se com a realização deste estudo identificar as representações dos enfermeiros de CSP, sobre comportamentos de fecundidade e forma de utilização de cuidados de saúde reprodutiva e PF das mulheres que efetuam IVG. Para atingir os objetivos, definiu-se um estudo descritivo simples, recorrendo-se à abordagem qualitativa com uma amostra por conveniência, constituída por um total de dez enfermeiros da UCSP Covilhã. A colheita de dados foi efetuada no mês de setembro 2014, através da realização de entrevistas semiestruturadas validadas com os participantes. Os aspetos éticos e critérios de rigor científico foram assegurados durante a investigação. Os resultados revelam que, segundo as representações dos enfermeiros CSR os fatores que mais influenciam os comportamentos de fecundidade são, as formas de utilização de métodos contracetivos diretamente influenciáveis pela área das motivações pessoais no caso das adolescentes / universitárias “mais novas”, o “não uso de métodos contracetivos”, o de não efetuarem PF e não utilizarem os CSR. No caso das mulheres “mais velhas” é a área dos conhecimentos e dos fatores monetários que mais influenciam os comportamentos de fecundidade. Relativamente às representações dos fatores que influenciam a utilização dos CSR e PF, estes estão divididos em duas áreas: o relacionamento profissional /utente e a organização de serviços. Conclui-se que o relacionamento de empatia/profissionalismo/utente permite melhorar a prestação de CSR, contudo segundo as representações dos enfermeiros estes revelam que as mulheres sentem-se constrangidas nas consultas de PF quando são observadas por um médico. Segundo os enfermeiros em estudo, na área de organização de serviços foram identificadas algumas lacunas que influenciam a utilização dos CSR e PF, nomeadamente as consultas de enfermagem e médicas não se realizarem conjuntamente em algumas extensões do centro de saúde, comprometendo a interdisciplinaridade na prestação de CSR, assim como a inexistência de alguns métodos contracetivos, dificultando o acesso gratuito a todos os métodos. Quanto à área hospitalar segundo as representações dos enfermeiros, o que dificulta a utilização dos CSR é o tempo de espera para marcação de consultas. Face aos resultados obtidos considera-se que ainda há muito trabalho para fazer nos CSR e PF, para tal, os profissionais de saúde têm um papel muito importante na área de apoio e formação para a saúde destes grupos de mulheres, conjugado os esforços entre os diferentes grupos profissionais e instituições para a concretização do potencial máximo de saúde da população alvo, privilegiando o efetivo trabalho em equipa e em parceria (OE, 2015).
URI: http://hdl.handle.net/10314/2189
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E Com_Sara Isabel da Silva Nabais Pereira.pdf1517KbAdobe PDFVer/Abrir
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