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Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10314/3990

Título: Literacia em saúde numa Comunidade da Região Centro
Autores: Martins, Catarina S
Palavras Chave: Literacia em Saúde
Enfermagem Comunitária
Comunidade
Data: 21-Mar-2018
Editora: Instituto Politécnico da Guarda
Relatório da Série N.º: 616-083 MAR
Resumo: O conceito de Literacia em Saúde tem sido mencionado em diversos estudos, podendo desempenhar um papel determinante na manutenção e melhoria das condições de saúde. Os serviços de saúde consideram-no extremamente importante, sobretudo, na área de cuidados de saúde primários e saúde pública. Um inadequado nível de Literacia em Saúde pode ter implicações significativas na saúde individual/coletiva, podendo estar perante um contexto de desigualdades em saúde, com implicações na gestão de recursos e ganhos em saúde. O Governo Português em 2016 estabeleceu como prioridade promover a saúde, criando o Programa Nacional para a Saúde, Literacia e Autocuidados. Este estudo tem como objetivos: conhecer o nível de Literacia em Saúde de uma comunidade da região centro, identificar as áreas prioritárias de intervenção de acordo com a Literacia em Saúde e identificar fatores que influenciam o nível de Literacia em Saúde. Desenvolveu-se um estudo descritivo, correlacional, transversal e quantitativo. Definida como população alvo os utentes de uma Unidade Local de Saúde (ULS) da região centro, a amostra foi constituída por 343 utentes com uma média de idade de 48.7 anos, sendo 61.2% do sexo feminino e 38.8% do sexo masculino. Para avaliar o nível de Literacia em Saúde utilizou- se o Questionário Europeu de Literacia para a Saúde Health Literacy Survey in Portuguese (HLS-EU-PT), validado por Saboga-Nunes e Sørensen em 2013. Para o tratamento estatístico utilizou-se o programa de tratamento estatístico Statistical Package for the Social Science (SPSS), na versão 23 de 2016. As técnicas estatísticas aplicadas foram frequências (absolutas e relativas), medidas de tendência central (média aritmética, média ordinal e mediana), medidas de dispersão ou variabilidade (valor mínimo, valor máximo e desvio padrão), coeficientes (alpha de Cronbach e de Spearman) e testes estatísticos (U de Mann-Whitney, teste Kruskal-Wallis, significância do coeficiente de correlação de Spearman e Kolmogorov-Smirnov, como teste de normalidade). Observou-se que 73.2% da população apresenta um nível de Literacia em Saúde geral problemático ou inadequado e apenas 7.3% apresenta um nível excelente. Os fatores identificados que influenciam o nível de Literacia em Saúde foram: idade, estado civil, condição perante o trabalho, residência, nível académico, rendimento do agregado familiar e como classifica a sua saúde. A comunidade da região centro possui níveis de Literacia em Saúde muito limitados, o que aponta para a necessidade dos profissionais de saúde, entidades de saúde, governo e sociedade em geral, investirem na educação da comunidade aos vários domínios, capacitando o indivíduo e a comunidade para a gestão da sua saúde. Neste contexto, o enfermeiro especialista em enfermagem comunitária e de saúde pública, como elemento ativo na comunidade, desempenha um papel primordial na capacitação do indivíduo e da comunidade para a tomada de decisão sobre o seu processo de saúde. Com estes resultados, sugeriu-se intervenções nas diferentes dimensões da Literacia em Saúde, dando principal ênfase na área prevenção da doença, o que pode ter implicações favoráveis na gestão de recursos e ganhos em saúde.
URI: http://hdl.handle.net/10314/3990
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